Édson L. Coltz*
Ministério da Saúde investe em tratamento alternativo a internação. Em Passo Fundo, prefeitura anuncia mais leitos psiquiátricos no Hospital Municipal
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as condições caracterizadas por alterações do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações do comportamento associadas à angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento caracterizam os Transtornos Mentais e Comportamentais. E esses transtornos são mais comuns do que se imagina. A estimativa é que mais de 450 milhões de pessoas sofram de distúrbios mentais em todo o mundo. Sendo que somente no Brasil pelo menos 5 milhões de pessoas (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes, segundo dados apresentados em reportagem da Agência Brasil.
Foto: Google Imagens |
Mas será que o governo disponibiliza tratamento gratuito à esses brasileiros? Através da lei 10.216/02, a Política Nacional de Saúde Mental procura tratar os doentes com um modelo de atenção aberto e de base comunitária, ou seja, evitando a internação e oferecendo apoio através de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) por exemplo, que estão espalhados pelo Brasil.
O Rio Grande do Sul, apesar de ser um dos Estados mais ricos do país, não oferece muitos leitos para tratamento psiquiátrico, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Nosso Estado ocupa apenas a 17ª colocação no ranking do Ministério da Saúde. Em 2010, para uma população de 10.695.532, existiam apenas 6 hospitais que ofereciam 810 leitos pelo SUS. O número representa 0,08 leitos para cada mil habitantes.
Em Passo Fundo, a Prefeitura Municipal desenvolve alguns programas e serviços para atender, tratar e buscar a integração social de portadores de sofrimento psíquico, tais como: atendimento psicoterápico e grupal a crianças autistas e seus familiares (saiba mais aqui). Além disso o Hospital Municipal Dr. César Santos disponibiliza leitos para internação de portadores de doenças mentais. E uma boa notícia foi anunciada na última quarta-feira, 19. A Prefeitura divulgou um projeto de ampliação do número de leitos para tratamento de doenças mentais e dependência química no Hospital. A unidade hospitalar passará a oferecer 30 leitos, divididos em 4 alas, o dobro do que existe atualmente.
Os dados apresentados nessa matéria estão disponíveis aqui
Édson L. Coltz é acadêmico do Curso de Jornalismo da UPF, VII nível
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