sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pesquisa aponta preferência por livro infantil digital


Jamile Trichês*

O mercado de livros infantis está em expansão no País. Uma amostra disso pôde ser vista na última Jornada de Literatura de Passo Fundo, quando os exemplares mais vendidos foram os de histórias em quadrinhos de Maurício de Souza.

Um levantamento feito no ano passado, realizado pela Associação Nacional de Livrarias (ANL), mostra que o setor teve um crescimento de 9,6% em relação a 2009, sendo responsável por 15% do faturamento das livrarias.

Foto: Google Imagens
E qual é o perfil dos leitores desse mercado? Um estudo piloto inédito realizado pela Callis Editora e pela MDC Online, empresa de marketing de relacionamento, durante a 15° Bienal do Livro do Rio de Janeiro em setembro deste ano, apontou que 70,83% dos consumidores gostariam que os livros infantis estivessem disponíveis na versão digital. Desse total, 47% em tablets e celulares, 30,2% em computadores e 18,8% em lousas digitais. 

A pesquisa mostra também que a internet já é uma importante fonte de pesquisa. Mais de 37% dos leitores usam os sites e as redes sociais na busca por novidades do mercado editorial. Percentual empatado com a busca realizada em livrarias.

Foto: Cris Jaqueline
“A ideia do estudo foi conhecer o perfil dos leitores, principalmente, no que tange aos meios digitais”, explicou Miriam Gabbai, diretora da Callis Editora. “O resultado da pesquisa mostra que é necessário investir no desenvolvimento de ferramentas e aplicativos digitais para a leitura”, completou. 

É claro que o resultado não é unânime. Pais mais conservadores e menos ligados às tecnologias ainda são adeptos do livro tradicional, no papel mesmo. “Eu não sou fã desses meios diferentes. Acredito que um livro deve ser palpável, a criança tem que sentí-lo ali. Só assim irá se tornar algo agradável e despertar a criatividade”, propõe Juliana Andreis, mãe da pequena Ana Júlia, de 9 anos. 

Apesar dos livros impressos ainda fazerem sucesso no meio infantil, os avanços tecnológicos estão, de maneira lenta, diminuindo este espaço.


*Jamile Trichês é aluna do VI nível do curso de Jornalismo da UPF

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